Quinta-feira, 2 Agosto, 2018

€ 13,50 CD Ninja Tune
€ 23,50 2LP Ninja Tune
Mascarando o glamour gótico mais ou menos irresistível neste tipo de som, “Qualm” é logo uma palavra sombria mas o álbum exala energia vital. Hauff reúne sob a mesma bandeira alguns mundos de música incrível e sem compromisso com os outros mundos de linhas direitas, suavecitos. Se não era já aparente, eis o ponto de confluência entre todas as magníficas manifestações de house robótica e Electronic Body Music industrial, com sangue a pulsar, entregando energia a toda a parte por onde passa. Garantida alienação do real, à procura da transformação em outra coisa não humana (já que os humanos estão a falhar desavergonhadamente, certo?), expressa em “Hyper-Intelligent Genetically Enriched Cyborg” mas, no reverso, enorme nostalgia pelo mundo verde e fresco fora da redoma: “It Was All Fields Around Here When I Was A Kid”, que busca aquele sync com os Front 242 na época de “Geography”. Disco visceral, no mínimo. Com sentimento.
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Quinta-feira, 2 Agosto, 2018

€ 19,95 3CD Drag City
€ 23,95 3LP Drag City
€ 13,95 3xCASSETE Drag City
OUVIR / LISTEN:
CLIP1 – CLIP2 – CLIP3 – CLIP4 – CLIP5
É sempre difícil entrar num álbum que se espraia por três discos, ao longo de mais de duas horas de música. Há mais coisas para ouvir, há mais nomes para descobrir, e até precisamos de tempo para voltar atrás e reouvir os anteriores álbuns de Joanna Newsom. Se, de facto, encontrarmos essas horas extra, vamos novamente perceber o que parece ser para nós a maior evidência de “Have One On Me”: é o melhor trabalho da cantora, harpista e compositora, e sem dúvida nenhuma um dos grande discos de 2010. “Ys” já tinha sido uma monumental aventura pelo seu mundo de fantasia alucinante, ao mesmo tempo que mostrava o quão hábil os seus dotes de composição e arranjos eram. Em “Have One One Me” é tudo exponenciado pela solidez de canções quase à beira da perfeição, com a voz de Joanna Newsom mais segura e menos ziguezagueante, e com o universo sonoro distante q.b. da alegoria medieval transbordante de “Ys”. Três discos, sim, mas dêem-lhes umas voltas como merecem e digam-nos que canções poriam fora desta selecção. Nenhuma, Acreditem. Ambicioso e audaz, mas em nenhum minuto deixa de estar à altura do que se propõe. A sua obra-prima.
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“Acompanhada por Ryan Francesconi, responsável pelos arranjos, e pelo percussionista Neal Morgan, [Joanna Newsom] continua a habitar um espaço inconfundível, de um riqueza arrebatadora. “Ys” foi um momento irrepetível. Este álbum é uma prova de excelência.” 4/5 in ÍPSILON/PÚBLICO
“A break-up album of extraodinary ambition and depth.” in FINANCIAL TIMES
“A sprawling work of unquestionable artistry that’s as clever as it is poignant, it also sees Newsom of her give the songwriter of her generation a run of their money.” in MOJO
“Have One On Me” is an Elysian record that you’ll return to again and again.” in THE GUARDIAN
“A challenging album, certainly, but this is already sounding like her masterpice.” in THE SUNDAY TIMES
“Newsom now sings with a composure and soulfulness that stands comparision with Laura Nyro.” in UNCUT
“Newsom’s monumental new work represents not a retreat from the ambition of its predecessor, but a more detailed and intricate exploration of its themes and preoccupations.” in THE WIRE
“When I hear Newsom sing the word “easy” in “Suffice” and my mind jumps back to the opener, it reinforces just how many threads she’s weaved between those songs and how incredible it is to discover new things with every listen.” 9.2 in PITCHFORK
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Quarta-feira, 1 Agosto, 2018

€ 12,95 CD Drag City
€ 17,50 LP Drag City
€ 8,50 CASSETE Drag City
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Quarta-feira, 1 Agosto, 2018

€ 12,95 CD Drag City
€ 21,95 2LP Drag City
€ 8,50 CASSETE Drag City
Depois de “The Milk-Eyed Mender”, a ambição tomou conta da jovem cantora harpista e “Ys” é a materialização quase impossível dessa saudável angústia – divide o seu coração com Bill ‘Smog’ Callahan, arranjou ajuda técnica de Steve Albini e Jim O’Rourke, e convidou para os arranjos orquestrais essa eminência parda do expressionismo orquestral que é Van Dyke Parks. Impressionante, logo aqui. O resultado fica a algumas milhas de “Milk-Eyed” com a composição meticulosa de 5 contos neo-tradicionais, repletos de ficção jogral e pinturas a óleo em que imaginamos Joanna Newsom como a fada narradora destas histórias.
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Quarta-feira, 1 Agosto, 2018

€ 26,95 2LP Isle Of Jura
Isle Of Jura pode ou não ser referência à ilha com o mesmo nome, ao largo da Escócia, mas independentemente da realidade, trata-se de a ela sobrepôr um local mítico onde a música soa sempre misteriosa, carregada de significado e poder transformador. Várias editoras trabalham esse terreno, actualmente, sobretudo através de reedições de discos que tacteavam por esses mundos, e a Isle Of Jura, a partir de Adelaide (Austrália), manda o seu soundsystem virtualmente pelos 4 cantos. Desde Smackos (Legowelt) até “Born In Borneo” de Ken-Dang, atravessam-se ambiências e locais com o ponto unificador de se tratar de música difícil de encontrar ou nunca antes editada. na conclusão desta edição, o soundsystem acrescenta algumas ferramentas ambientais.
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Quarta-feira, 1 Agosto, 2018

€ 11,95 MLP Cosmic Resonance
Nos interstícios do jazz electrónico, ou pelo menos de uma sensibilidade que dele se aproxima, “Mahogani Forest” foi criado em Toronto em oito dias. “Zoom Lab” representa o disco de forma soberba, espalhando as batidas e quebras por entre a linha de baixo solta, espaçada, mas assertiva e uma breve sugestão de house – esta faixa vai a muitos sítios e regressa para contar. A pouca (aparente) preocupação com a pista de dança garante que o potencial de experiência, de teste de soluções, é plenamente cumprido. O groove subsiste em meio a elementos dissonantes que parecem resultar de encontros espontâneos. Na tradição da melhor electrónica “inteligente” da década de 90, acrescentando fundações da terceira ou quarta vaga de Detroit (Theo Parrish, Moodymann), ali em Toronto onde Korea Town Acid grava esta música.
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Quarta-feira, 1 Agosto, 2018

€ 12,95 CD (2018 reissue) Drag City
€ 17,50 LP (2018 reissue) Drag City
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Numa breve nota de promoção, Steve Albini é citado. Ele diz que quando ouviu Your Food sentiu que eram família, quando o pessoal desajustado como ele tinha dificuldade em identificar-se com outras pessoas, as “normais” (aspas nossas). Entende-se que, em 1983, esta banda de Louisville pudesse funcionar como atração em torno da qual se criavam comunidades com interesses comuns. “Poke It With A Stick”, como um todo, representa a confluência do inconformismo pós-punk (mais do que punk, rapidamente conformado a uma sonoridade padrão), pedaços de nonsense Residents, resquícios ainda de certa new wave (Devo?) e o anúncio do hardcore ainda relativamente nascente, nesse tempo. A ironia (ou comentário) começa logo no facto de a canção inaugural se chamar “Today’s Pop” e, pelo meio da letra de “Don’t Be”, a frase “don’t be so serious when you’re not sure”. Tempos de irritação e aprendizagem de como o mundo funciona, mensagens todas válidas, ainda.
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Terça-feira, 31 Julho, 2018

€ 12,95 CD Drag City
OUVIR / LISTEN:
CLIP1 – CLIP2 – CLIP3 – CLIP4 – CLIP5
Cada vez mais sabido, hoje em dia, que não é fácil estar desligado, mas Drinks (Cate Le Bon e Tim Presley) procuraram fazê-lo ao retirarem-se para Saint-Hippolyte-du-Fort, no sul de França, para as gravações. O álbum soa de facto muito desviado deste tempo e talvez a referência cronologicamente mais próxima até esteja na vizinhança da pop britãnica livre dos Family Fodder, Flying Lizards e bandas análogas, naquela encruzilhada entre 70s e 80s. “Corner Shops” e “Ducks” são bins exemplos, e talvez sejam até referências físicas à vida em Saint-Hippolyte-du-Fort. Muitas experiências, também, em torno de uma ideia de folk, com elementos dissonantes e nada tradicionais assimilados no todo, fazendo com que “Hippo Lite” seja um processo constante de aventura pop no âmbito de uma experiência freak partilhada connosco, os ouvintes.
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Segunda-feira, 30 Julho, 2018

€ 14,50 MLP The Trilogy Tapes
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Kassem Mosse inaugura DJ Residue com oito faixas breves mas ambiciosas, rodeando formatos e cruzando as ondas com facilidade e seriedade. Sombrio e agitado, “211 Circles Of Rushing Water” exercita a característica granulada de um som electrónico mais antigo ainda antes sequer de se falar em techno. No entanto, é nesta família que mais facilmente se enquadra este disco que puxa a palavra industrial para a frente e joga nela toda a espécie de confusão. Como se entende, andamos em círculos para qualificar o que não merece ser qualificado. Liberdade, entenda-se, presa com correntes muito longas. Óptimo passo na Trilogy Tapes..
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Segunda-feira, 30 Julho, 2018

€ 19,50 LP Latency
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Disco talvez menos típico de Laurel Halo, na força de trabalho recente na banda sonora para Possessed”, do atelier de design Metahaven, e da assimilação da tradução de Ursula Le Guin para o clássico Tao Te Ching. “Mercury” coloca o piano em jogo com apontamentos discretos de percussão, num contexto jazz muito atmosférico, mas o álbum não se define, de todo, assim. O piano volta a estar na frente em “Quietude”, num contexto que parece em igual medida de improvisação e de arrojo vanguardista na música “clássica” do princípio do século XX. “The Sick Mind” prolonga a permanência nesse último cenário, enquanto “Supine” avança algumas décadas para a experimentação electro-acústica próxima das vanguardas dos 60s e 70s. “Raw Silk Uncut Wood” termina mergulhado em cordas (“Nahbarkeit”), por vezes com um alcance épico que reconhecemos de nomes como Wolfgang Voigt / Gas. Não é com certeza justo falar em afirmação de maturidade, essa expressão surge apenas pela característica mais solene da música que Laurel Halo aqui apresenta. No nosso painel, ela tem pouco ou nada a provar.
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Segunda-feira, 30 Julho, 2018

€ 18,50 2×12″ Berceuse Heroique
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Inesgotavelmente fascinante, a grelha exótica de percussão desenvolvida por Don’t DJ por cima de um padrão que, apesar de tudo, pode ser traçado até ao esqueleto rítmico do techno. A remistura de Newworldaquarium para “Veles” vai mais além, carregando a batida de atmosfera e, no processo, conseguindo recriar peça a peça a personalidade da faixa original, a primeira deste disco. “Reapercussion” joga com o tom sombrio da batida, próxima de um batimento cardíaco menos constante, e com o título que inclui a palavra “reaper”, geralmente associada à imagem da ceifeira de vidas. “Two of Pentacles” mantém-se na sombra, e também pela via dupla do tom da música e do título que sugere um talismã ocultista. As subidas de graves, semelhantes ao som de um saxofone baixo, saem de um universo de comunicação alienígena em “Encontros Imediatos do 3º Grau” (a trovoada melódica da nave-mãe) e Autechre em pausa.
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